Oficial da PM/Ce afirma que a corporação está dividida em vários pontos e precisa de psicólogo

Em entrevista exclusiva a Vias & Rodovias, oficial da PM/Ce conta como está a situação dentro da corporação com relação aos grevistas e aos que não aderiram a greve.

Segundo informação dessa fonte que prefere não se identificar (por motivos óbvios) “Há uma mistura de sentimentos no interior da tropa. Muitos dos que não aderiram a greve, se sentem mal por outros estarem arriscando a liberdade e o emprego nesse movimento. Alguns até se sentem covardes por não estarem do lado dos grevistas. A estrutura e divisão na Polícia agora está muito latente. Nessa divisão há Praças X Oficiais, RAIO/CHOQUE X POG, policiais do administrativo X policiais do Operacionais, entre outras situações de descontentamento com escalas, salários, condições de trabalho, etc” afirmou o Oficial.

Nossa fonte também afirmou que, muitos dos afastados irão responder e poderão comprovar que não participaram dos atos. Muitos também se sentem injustiçados por tudo que têm ocorrido. “A tropa como um todo está doente, precisa de um acolhimento psicológico urgente” afirmou o Oficial da PM.

Na manhã deste sábado 29/02 a Assembléia Legislativa esteve lotada para analisar a PEC enviada em carater de urgência pelo Governador Camilo Santana, que trata da proibição que anistia militares em greve. Com a presença de 34 dos 46 deputados presentes, a Assembléia Legislativa do Ceará aprovou a PEC contra anistia a policiais. O placar da votação foi 31 votos a favor da urgência e 3 contras.

O deputado André Fernandes do PSL, pediu vista da PEC, por esse motivo a PEC só volta à discussão na segunda feira 02/03.

Hoje dia 29/02, o Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, falou em discurso para governadores durante 6°. encontro de Consórcio de integração Sul Sudeste (Cosud) que ocorreu em Fox do Iguaçú no oeste do Paraná, afirmou ele “O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar no Ceará. Claro que o policial têm que ser valorizado, ‘o policial não pode ser tratado de maneira nem uma como um criminoso’. Sabemos que o que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela constituição” afirmou o ministro Moro.