Há quatro anos, 5 de novembro 2015 aconteceu a tragédia de Mariana/MG, quando houve o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Bento Rodrigues Minas Gerais, causando 19 mortes e vários danos materiais e ambientais. Na época especulou-se muito sobre as punições, que tipo de punições e multas os responsáveis pelo rompimento da barragem poderiam ser punidos. Passados esses quatro anos, quase nada foi resolvido, as famílias ainda estão sem receber os benefícios prometidos, as moradias pela qual serão relocadas essas famílias sequer começaram as construções. Vários processos foram abertos, pessoas indiciadas, mas ninguém foi preso e os processos continuam a passos de tartaruga.

Na última sexta feira 26/01, á tragédia se repetiu, só que em proporções humanitárias bem maiores, na Barragem da mineradora Vale S/A situada na Mina do Córrego do Fundão em Brumadinho/MG município a 57 km de Belo Horizonte. A extensão da tragédia foi menor em termos de percursos, mas em termos de perdas de vidas humanas, animais e de meio ambiente teve proporções bem maiores.

São até agora; 60 mortos confirmados, com 19 identificações. 292 desaparecidos, fora aqueles não reclamados (Que famílias inteiras desapareceram, ou não deram nota de desaparecidos). 382 localizados, 192 resgatados. Vários animais mortos ou sacrificados.

O Presidente da Vale S/A Fábio Schvartsman procura minimizar a tragédia, querendo se redimir de culpabilidades, anunciando, que a Vale não tem culpabilidade pelo ocorrido e promete maior proteção através de colchões de contenção, entre outras providências para que outros casos não aconteçam. Diz que todo Projeto foi avalizado pelo Governo do Estado de MG, na época (Governado então pelo Ptista Fernando Pimentel) e pelo IBAMA. Que todos os Alvarás estariam em dia, segundo o próprio governador atual Romeu Zema. Porém isso não tira as responsabilidades que têm, o Presidente da Vale, O ex Governador Pimentel, vários deputados da Assembléia legislativa de MG, e o próprio MP de Minas que não acompanharam de forma responsável todo esse processo. Resultado, várias vidas foram ceifadas, inclusive vários funcionários da Empresa, moradores dos ribeirinhos, e de comunidades nas proximidades. Ao MPF não cabe só multar, têm que punir com rigor. Vários desses citados, deveram pagar por esse descaso e esse crime. Como disse Frei Dom Joaquim Mol “Houve homicídio coletivo” em sua missa na cidade de Brumadinho.