Esse é um tema deveras extremamente complexo, em que, políticos, sociólogos, especialistas em desenvolvimento humano, cientistas e o mundo globalista, se negam a debater e encarar tal realidade com efetividade.
Sem dúvida, medidas de implantação de controle de natalidade poderá ser o alicerce para a solução de vários problemas que assolam a sociedade atual, seja nos países do norte ou do sul.
A questão esbarra no velho tema discriminatório, países mais ao norte desenvolvidos por já estarem defasados na questão entre o número de jovens e dos mais velhos, não precisariam entrar nesse controle de natalidade, já que há essa defasagem. Atualmente, países como França, Suíça, Espanha e Portugal, existem mais pessoas de idade do que nascem crianças. Já países ao sul, os chamados subdesenvolvidos, esses têm um grande número de crianças nascendo enquanto os mais velhos, não têm uma maior longevidade. Pior, a quantidade de crianças em áreas carentes onde as famílias não conseguem dar um mínimo de sustentabilidade a essa criança é bem grande.
Então como fazer esse controle obrigatório sem que haja questionamentos por governos populistas ainda subdesenvolvidos. A questão política é muito forte nesses casos, pois quanto mais pobres no mundo, maior o domínio político sobre essas massas de manobras.
Para muitos governos é mais fácil apenar crianças ao subdesenvolvimento e alimentar a idéia da solidariedade imposta nas costas dos países ao norte, que discutir o controle de natalidade á essas famílias carentes que não têm a mínima condição de criar ou sustentar mais de um ou dois filhos.
Não se defende aqui o direito ao casal não poder se acasalar, ou ter filhos, mais sim, os estimular á ter as devidas precauções para não gerar um número de crias que não possam se responsabilizar por elas.
Os governos não têm o menor interesse em estudar e aplicar esse controle, pois não lhes favorecem em termos de controle social e político. Quanto mais pobres no mundo, maior o desejo pelo poder dos políticos e de arrecadação das entidades paternalistas das chamadas ações de fraternidades. Assim é em vários países da África, América Latina, alguns países do Oriente. Onde o controle da natalidade se faz extremamente necessário e, no entanto sequer é discutido.
O que vemos, são cientistas, especialistas na área social, Ongs, e diversas entidades voltadas para tocar os povos mais civilizados e desenvolvidos a se sensibilizarem com a desgraça de crianças que nascem á todo momento nesses países sem a menor segurança de sobrevivência, ou mínima condição de humanidade. Procurando arrecadar vultosas quantias com a finalidade de ajudar essas crianças, más que muitas vezes nem chega ao seu destino e de ano a ano não mudam o quadro.
A China poderia servir como exemplo para vários países. Já há alguns anos tem adotado com sucesso o controle da natalidade, com á chamada ‘Política de filho único’. Essa política vigorou de 1970 há 2015 quando nova ordem foi determinada orientando que os casais tenham até dois filhos. Quem descumprir a regra é apenado com multa rigorosa ou até prisão por descumprir a lei. Visto que a China é o país mais populoso do mundo, especialista afirmam que esse controle deteve uma explosão demográfica no país. Sem esse controle, certamente haveria o caos demográfico e populacional.
Apesar do controle de natalidade ser visto por especialistas e governos ao norte em muitos países como uma solução para o crescimento populacional. Em Países do sul, não se fomenta o debate, convocando a população, os políticos para, á partir de políticas públicas o incentivo da diminuição do número de nascimentos no país, por meio de campanhas, distribuição gratuita de contraceptivos, preservativos, entre outros. Ou criando leis que regulem efetivamente esse controle.
A população vem em um crescente nos últimos 50 anos de forma assustadora. Na década de 1970 estimasse que no planeta habitavam em torno de 2 bilhões de pessoas. Em 2020 estimasse que esse número esteja na casa dos 8,5 bilhões. Crescemos em população 400% em 50 anos o que levamos milhares de anos para atingir.
A terra têm seus recursos naturais limitados, sabemos disso, então, ou haverá de se discutir uma política pública de natalidade, ou o mundo em mais meio século entrará em uma crise hídrica e de agricultura sem precedentes, podendo provocar caos em todas as regiões.
Vamos lembrar que nessa mão estão os animais que igualmente consomem água e alimentos, muitas vezes de forma maior que os humanos. Afinal, animais que consomem alimentos por vezes viram nossos alimentos como, gados, aves, peixes.
Benefícios para a humanidade com o controle temporário da natalidade em todos os países onde o índice de nascimentos de crianças sejam grandes.
Podemos encontrar algumas soluções com relação aos problemas ambientais se diminuirmos a quantidade de pessoas automaticamente diminuiremos o consumo. A água, por exemplo, que é dos grandes problemas desse século, equilibraria mais o consumo, se diminuir a quantidade de pessoas teremos mais reservas, sobraria mais para os animais à agricultura, e ainda lançaremos menos detritos na natureza, reduzindo a poluição.
No campo energético não seria necessário a priori, construir novas usinas hidrelétricas, que em suas instalações provocam profundos impactos ambientais e sociais.
Outro fator importante é referente à emissão de gases que conseqüentemente seria amenizada, e que de certa forma, iria contribuir para neutralizar o processo do aquecimento global. Ainda com essa medida não seria necessário abrir novas áreas de cultivo para a produção de alimentos. Além do que, se preservaria mais áreas de animais selvagens e de florestas.
No campo social o controle de natalidade serviria para diminuir o índice da criminalidade, pois o governo poderia assistir melhor os jovens, melhorar a qualidade de empregos, aumentando a probabilidade quantitativa, haveria diminuição da fome devido aos programas sociais que poderiam atender melhor a população, a saúde, a educação e mais uma série de outros problemas contemporâneos poderiam ser solucionados.
O primordial do contexto legal desse controle de natalidade, é garantir as condições de vida na Terra, pois essa não possui recursos infinitos para suprir a sociedade de consumo, e nem capacidade de regeneração de todos os “lixos” que essa sociedade produz. E não é só os humanos que sofrem com esse excesso populacional, os animais indiretamente também.
A natureza já têm apresentado sinais de cansaço e saturação. Apenas o homem poderá decidir o futuro das próximas gerações, o futuro da humanidade na terra e da qualidade de vida dos povos.
C. Honci – Redação: revistaviaserodovias.com.br