Em entrevista coletiva na última segunda-feira, 14, o secretário estadual da Saúde do Ceará – do governo Camilo Santana – Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto, afirmou, sobre a covid-19, que “a forma de comunicação inicial, ainda no mês de março, quando foram confirmados os primeiros infectados, poderia ter sido mais assertiva”.
O secretário relembrou que na época a orientação era que apenas pessoas do grupo de risco ou aquelas que apresentassem sintomas graves da doença deveriam procurar uma unidade hospitalar.
Já os pacientes gripados, assintomáticos e os não graves poderiam permanecer em casa.
Dr. Cabeto ainda criticou a Organização Mundial da Saúde.
“Eu acho que o mundo inteiro pautou uma coisa chamada ‘não vá ao hospital, espere ter falta de ar’, e a gente viu no decorrer da evolução, acho que o mundo errou, o CDC errou, a OMS errou. É preciso que se diga claramente”, afirmou ele.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou em suas redes sociais a declaração do secretário.
Jair Bolsonaro sempre foi a favor da flexibilização da quarentena e do uso preventivo da Hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, ou outro tipo de antibiótico preventivo, más não foi ouvido por prefeitos e governadores. No inicio da pandemia o Supremo Tribunal Federal, ordenou por uma liminar do Ministro Alexandre de Moraes, que Governadores e Prefeitos decidissem sobre seus estados e municípios. A questão política ideológica contou muito nessas decisões. Milhares de vidas poderiam ter sido poupadas.
Seis meses após o começo da pandemia, a conta chegou, a realidade bate a porta de prefeitos e governadores. Vários inclusive investigados pela Polícia Federal por desvios de verbas e alguns sofrendo processos de impeachment.
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